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domingo, 13 de abril de 2008

Dia do Beijo

A Filosofia do Beijo...
Em um dia reservado especialmente para comemorar o ato de beijar o normal seria deixar registrados belos textos sobre beijos, românticos, poéticos, sensuais... Contudo, pra não fugir a minha regra de ser "a mulher do contra", achei interessante colocar uma pitada de cientificismo no que diz respeito ao Dia do Beijo...
Ora, há de se convir que muitas vezes beijos provocam reflexões... Então, seguem aí algumas "teorias":
"· Beijo Aristotélico: beijo realizado através de técnicas obtidas unicamente a partir da especulação teórica, não maculada por quaisquer dados experimentais, por alguém que sente que estes últimos são de qualquer forma irrelevantes.

· Beijo Hegeliano: técnica dialética na qual o beijo incorpora seu próprio antibeijo, formando um beijossíntese.

· Beijo Wittgensteiniano: o fato importante sobre esse tipo de beijo é que ele se refere apenas ao símbolo (nossa representação mental interna associada à experiência do beijo — a qual necessariamente deve ser também diferenciada do ato em si por razões óbvias— e que não necessita ser de forma alguma a mesma ou sequer similar para as diferentes pessoas que experimentam o ato) mais do que ao ato em si e, como tal, deve-se tomar cuidado para não se fazer generalizações não abalizadas sobre o próprio ato ou a experiência dele advinda baseadas meramente em nossa manipulação da simbologia conseqüente.

· Beijo Gödeliano: um beijo que toma um tempo extraordinariamente longo, embora deixando você incapaz de decidir se foi beijado ou não.

Bem, esta não é de forma alguma uma lista exaustiva – aqui vão alguns outros beijos clássicos:
· Beijo Socrático: Trata-se na verdade de um beijo realmente platônico, mas costuma-se atribuí-lo à técnica socrática para fazê-lo soar mais autoritário. Entretanto, comparado aos beijos mais estritamente platônicos, os beijos socráticos são mais abrangentes e apresentam maior cobertura.

· Beijo Kantiano: um beijo que, fugindo do contato "fenomenal" inferior, realiza-se inteiramente no plano "nomenal" superior. Embora, na realidade, você não o sinta, absolutamente, você é, entretanto, livre para declará-lo o melhor beijo que você já deu ou recebeu.

· Beijo Kafkaniano: Um beijo que começa com a impressão de transformá-lo, porém termina por deixá-lo grilado.

·
Beijo Sartreano: Um beijo que lhe dá uma preocupação mortal embora não tenha mesmo a menor importância.

· Beijo Pitagórico: Um beijo dado por alguém que desenvolveu algumas e maravilhosas técnicas, mas recusa-se a aplicá-las a alguém para que outros não venham a descobri-las e começar a usá-las.

· Beijo Cartesiano: Um movimento particularmente bem planejado e coordenado: penso, logo albeijo. Geralmente um beijo não é considerado cartesiano a menos que seja aplicado com força bastante para remover toda a dúvida de que se foi beijado.

· Beijo Heisenberguiano: Um beijo incerto. Quanto mais ele mexe com você, menos certo você fica sobre onde o beijo foi. Quanto mais energia ele tem, mais difícil fica para você avaliar quanto tempo ele durou. Versões extremas deste tipo de beijo são conhecidas como "beijos virtuais", dado o nível de incerteza ser tão grande que você não tem bastante certeza se foi beijado ou não. Os beijos virtuais têm a vantagem, entretanto, de que você não precisa ter mais alguém na sala para compartilhá-los.

·
Beijo Zenônico: Seus lábios aproximam-se, chegam cada vez mais perto, porém realmente nunca vêm a se encontrar."


kisses
"Quem sou eu para falar de amor
Se o amor me consumiu até a espinha
Dos meus beijos que falar
Dos desejos de queimar
E dos beijos que apagaram os desejos que eu tinha..."
Chico Buarque

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Ah, se tu ousasses...




COERÊNCIA


Sei que me fazes mal,

mas prefiro tal à tua ausência.

Nesta loucura imensa

à lucidez me rendo:

na vida, eu aprendi, dose a dose,

que, neurose, é tudo o que não se aceita,

querendo...



Leila Míccolis

Pensa... Sente... Fica na mesma...



?
Ana Cañas


Como faz pra dizer que não?
Como se disfarça a intenção?
O que fazer com a obrigação?


Como faz pra te conhecer?
Como faz para te esquecer?
Como faz para amar você?


Como faz para não cantar?
Como faz para arrepiar?
Como faz para se entreter?


Como faz para andar na rua?
Como faz para ver o dia?
Como faz pra ter alegria?


Como faz para musicar?
Como faz pra não machucar?
Como faz para se libertar?


Como faz pra ficar feliz?
Como faz para não morrer?
Como faz para entender?
Que se faz só para fazer?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

A qualquer hora, qualquer lugar...


Confissão

Dizem que o amor é cego,
não nego,
por isso te abro os olhos:
não tenho bens nem alqueires,
eu não sou flor que se cheire,
nem tão boa cozinheira,
(bem capaz que ainda me piches
por só comer sanduíches),
minha poesia é fuleira,
tenho idéias de jerico,
um cio meio impudico
como as cadelas e as gatas,
às vezes me torno chata
por me opor ao que contemplo,
sei que sou péssimo exemplo,
por pouca coisa me grilo,
talvez por mim percas quilos,
eu não sei se valho a pena,
iguais a mim, há centenas,
desejo te ser sincera.
Mas no fundo o amor espera
que grudes qual carrapicho:
são tão grandes meu rabicho
e minha paixão por ti,
que não estão no gibi...
Ao te ver, viro pamonha,
sem ação, e sem vergonha
o meu ser inteiro goza.
Por isso, pra encurtar prosa,
do teu corpo, cada poro
eu adoro adoro adoro...
Leila Míccolis

terça-feira, 8 de abril de 2008

Sobra tanta falta...

Clipe da música "Sobra tanta falta" do grupo O Teatro Mágico.

"Falta tanta coisa na minha janela

Como uma praia

Falta tanta coisa na memória

Como o rosto dela

Falta tanto tempo no relógio

Quanto uma semana

Sobra tanta falta de paciência

Que me desespero

Sobram tantas meias-verdades

Que guardo pra mim mesmo

Sobram tantos medos

Que nem me protejo mais

Sobra tanto espaço

Dentro de um abraço

Falta tanta coisa pra dizer

Que nunca consigo

Sei lá,

Se o que me deu foi dado

Sei lá,

Se o que me deu já é meu

Sei lá,

Se o que me deu foi dado ou se é seu

Sei lá...

Vai saber,

O que me deu, quem sabe?

Vai saber,

Quem souber me salve

Vai saber,

O que me deu, quem sabe?

Vai saber,

Quem souber me salve..."




"...O dia mente a cor da noite

E o diamante a cor dos olhos

Os olhos mentem dia e noite a dor da gente..."

segunda-feira, 7 de abril de 2008

De amor e embriaguez... Afinal, nem sempre se pode separá-los...

A SECO
Tem coisas que a gente só diz de porre,
se não o outro corre;
mas passada a bebedeira,
a gente acha que fez besteira,
não devia ter falado,
que se expôs adoidado,
à toa e foi tolice.
Finge-se então que se esquece o que disse,
culpa-se a carência, a demência, a embriaguez
responsáveis por tamanha estupidez.
E é aceitando este estranho cabedal
que quando se volta ao "estado normal",
cada vez mais sós, na defensiva,
corroídos morremos de cirrose... afetiva.
Leila Míccolis

Presente...

"Você me ganhou de presente
Com laço e etiqueta de garantia
Foi num dia de alegria
Você fez bem o gesto que eu queria
Mas não deu mole
Não deu mole
Não deu mole
Você não deu mole
Nunca esteve numa de me alcançar
Nem estava no 'mood' de casar
Eu sempre estive à mão, que isso console
Mas você não,
Você não deu mole
Você me ganhou de presente
No laço e na promessa de guarita
Você me sorriu na galeria
E tinha bem o gosto que eu queria,
Mas não deu mole
Não deu mole
Não deu mole, meu bem
Você não deu mole
Nunca teve medo de me ver partir
Nem vai perder seu tempo pra me desmentir
Nem me criticar
Eu que me controle
Porque você não
Você não dá mole
Se eu chorar, você até se comove
Mas assim já é demais
Nem eu me agüento
Porque eu não dou mole
Eu não dou mole
Não dou mole, meu bem
Também não dou mole..."


"As coisas não precisam de você
Quem disse que eu tinha que precisar..."