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segunda-feira, 31 de março de 2008

Mesmo que mude...


"Ela vai mudar,
Vai gostar de coisas que ele nunca imaginou
Vai ficar feliz de ver que ele também mudou
Pelo jeito não descarta uma nova paixão
Mas espera que ele ligue a qualquer hora

Para conversar
E perguntar se é tarde pra ligar
Dizer que pensou nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que

É sempre amor, mesmo que acabe
Com ela aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou

Ele vai mudar,
Escolher um jeito novo de dizer "alô"
Vai ter medo de que um dia ela vá mudar
Que aprenda a esquecer sua velha paixão
Mas evita ir até o telefone

Para conversar
Pois é muito tarde pra ligar
Tem pensado nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que

É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou

Para conversar
Nunca é muito tarde pra ligar
Ele pensa nela
Ela tem saudade
Mesmo sem ter esquecido que

É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou"





Na terra do coração...


"Passei o dia pensando – coração meu, meu coração. Pensei e pensei tanto que deixou de significar uma forma, um órgão, uma coisa. Ficou só som - cor, ação – repetido, invertido – ação, cor – sem sentido – couro, ação e não. Quis vê-lo, escapava. Batia e rebatia, escondido no peito. Então fechei os olhos, viajei. E, como quem gira um caleidoscópio, vi:

Meu coração é um sapo rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe.

Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traças, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento sopra.

Meu coração é o mendigo mais faminto da rua mais miserável.

Meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d’água. Olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a Inocência. Mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da Luz. Ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável.

Meu coração não tem forma, apenas som. Um noturno de Chopin (será o número 5?) em que Jim Morrison colocou uma letra falando em morte, desejo e desamparo, gravado por uma banda punk. Couro negro, prego e piano.

Meu coração é um bordel gótico em cujos quartos prostituem-se ninfetas decaídas, cafetões sensuais, deusas lésbicas, anões tarados, michês baratos, centauros gays e virgens loucas de todos os sexos.

Meu coração é um traço seco. Vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. Puro artifício, definitivo.

Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças nas janelas, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se pôs. A lua cheia brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais.

Meu coração é um anjo de pedra com a asa quebrada.

Meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom. Ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. Rouco, louco.

Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores e saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre.

Meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas e macias, quadros com gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. Sobre a renda branca da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. No livro aberto ao lado, alguém sublinhou um verso de Sylvia Plath: “I’m too pure for you or anyone”. Não há ninguém nessa sala de janelas fechadas.

Meu coração é um filme noir, projetado num cinema de quinta categoria. A platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.

Meu coração é um deserto nuclear, varrido por ventos radioativos.

Meu coração é um cálice de cristal puríssimo, transbordante de licor de strega. Flambado, dourado. Pode-se ter visões, anunciações, pressentimentos; ver rostos e paisagens dançando nessa chama azul de ouro.

Meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam por destruir tudo.

Meu coração é uma planta carnívora morta de fome.

Meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheio de gemidos – Ai de mim! Ai, ai de mim!

Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Vega. Levam junto quem me ama, me levam junto também.

Faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa do Cairo, sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrina vazia, navalha afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando para a lua, ruína, simulacro, varinha de incenso. Acesa, aceso – vasto, vivo: meu coração teu."

Caio Fernando Abreu

sábado, 29 de março de 2008

Pra ele... Sempre...


Outra Vida

"Talvez não seja nessa vida ainda
Mas você ainda vai ser a minha vida
Então a gente vai fugir pro mar
Eu vou pedir pra namorar
Você vai me dizer que vai pensar
Mas no fim vai deixar.

Talvez não seja nessa vida ainda
Mas você ainda vai ser a minha vida
Sem ter mais mentiras pra me ver
Sem amor antigo pra esquecer
Sem os teus amigos pra esconder
Pode crer que tudo vai dar certo[...]

Vou dizer pra Deus, Nosso Senhor
Que tu és o amor da minha vida
Pois não dá pra viver nessa vida
Morrendo de amor.

Talvez não seja nessa vida ainda
Mas você ainda vai ser a minha vida
E uma abelhinha vai fazer o mel
Estrela D'Alva vai cruzar o céu
O vento certo vai soprar no mar
Pode crer que tudo vai dar certo[...]

Você acredita numa outra vida
Só nós dois?...
Pode crer que tudo vai dar certo."
Armandinho





sexta-feira, 28 de março de 2008

Hoy llueve... Hoy duele...


"Bajo la lluvia va la gente
Pensando siempre
Que si no va a equivocarse,
Siempre pensando dónde va a llegar,
De dónde viene...
Lo que quiere y lo que va a dejar.
Bajo la lluvia van
La gente y las historias,
Los momentos,
Van buscando los motivos, la casualidad.

En medio de la lluvia va,
Ella camina en los espejos harta de volar;
Yo sigo aquí entre sábanas y música...
¿dónde estarás?

Que llueve...
Reflejo que se ahoga, aún duele;
Qué quieres, se me antoja verte...
Y duele.

Bajo la lluvia va
La gente buena y mala, todos por igual:
El pobre, el rico, la estresada y lo vulgar.
Y en medio de la lluvia van
Comienzos y finales,
Gota a gota van
De luchas y de treguas
Vidas únicas.
¿dónde estarás?

Que llueve...
Tu pelo se te moja y duele...
No importa tanto pero hoy llueve...
Llueve...

La lluvia, niña, envuelve todo, no t pongas triste,
También a esa mujer que una vez perdí;
El cielo es un espejo a punto de partirse,
Va derramando el tiempo en el asfalto gris:
Las ráfagas de dudas son insoportables,
Y los diluvios de recuerdos nunca tienen fin.

[...]Bajo la lluvia van y vienen, y vienen...
Me duele tanto que tu pelo se te moje andando...
Refúgiate en aquel rincón
Debajo del corazón
Me duele... me duele...
A mí me duele tanto que tu pelo se te moje andando...
Y duele...
Vas tú, voy yo,
Va el mundo entero corazón.
No importa, no importa tanto
Pero hoy duele.
Refúgiate... y duele...
Hoy llueve, hoy duele."

Me Chama...

"Chove lá fora e aqui, faz tanto frio
Me dá vontade de saber
Aonde está você
Me telefona
Me chama, me chama, me chama

Nem sempre se vê
Lágrimas no escuro, lágrimas no escuro,
Lágrimas, cadê você...

Tá tudo cinza sem você
Tá tão vazio
E a noite fica sem porque

Aonde está você? Me telefona...
Me chama, me chama, me chama

Nem sempre se vê
Mágica no absurdo, mágica no absurdo, mágica..."

quarta-feira, 26 de março de 2008

DAS FRUSTRAÇÕES...



Não seria um bom dia pra escrever... Não seriam belas as palavras que eu poderia colocar aqui, nem felizes os pensamentos e sentimentos pra registrar...

Quando se está cansado de sonhar, fazer planos e ver tudo destruído com uma palavra, num "piscar de olhos" - como dizem - o vazio no peito só acumula, as frustrações vão tomando proporções gigantescas e você se vê mais perdido, impotente e inútil do que nunca...

E tudo isso dói mais quando os sonhos são simples, do tipo "uma casa no campo" (como a letra da canção).

Chega a hora em que você se vê rodeado por fragmentos de sonho, pisoteados, virando pó, e com eles uma parte de você também.

Dar esperanças a alguém e em seguida arrancá-las da pessoa é cruel... Mas não sei por que eu ainda me queixo! Afinal a vida é cruel...

Esperança não é algo que se reconstrói tão fácil.

Os seus sonhos - aqueles que alguém matou - não ressuscitam... Não com a mesma vivacidade e alegria.

Os cacos que se tenta colar não tornam inteiro o que se quebrou... Ficam as marcas.

Assim como permanece a dor e o sofrer em quem perdeu a única que coisa que tinha: os sonhos...

Não importa a máscara que você use... Por baixo dela sempre será você...


MÁSCARA
"Diga,
Quem você é, me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida.
Tira,
A máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser.
Ninguém merece ser só mais um 'bonitinho'
Nem transparecer consciente, inconseqüente
Sem se preocupar em ser adulto ou criança
O importante é ser você
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você [...]
O meu cabelo não é igual
A sua roupa, não é igual
Ao meu tamanho, não é igual
Ao seu caráter, não é igual
Não é igual [...]
O importante é ser você [...]"

segunda-feira, 24 de março de 2008

Estamos com fome de amor

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!". Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.
Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".
Antes idiota que infeliz!
Arnaldo Jabor (autoria citada na internet, portanto...)

quarta-feira, 19 de março de 2008

Refuge de Mlle. Chat Noire... =]

Si vous voulez vous perdre...

... alors trouvez moi.
Se quiser perder-se... então encontra-me. Nada como iniciar esse blog tentando fazer uma descrição de quem vai "construí-lo". Não sei se isso se encaixa mais com uma parte de mim ou com a impressão que o outro tem de mim. Essa história de "se encontrar" e "se perder" pode render horas de conversa entre grupos de pessoas - como é o caso do meu grupo de amigos mais especiais, pessoas que não dão valor a futilidades mas sim, a aproveitar o que a vida tem de melhor...
Quando falo que a frase traduz uma parte do que sou, me refiro ao fato de que eu sou deveras complexa. Não é a toa que um grande amigo meu, depois de ouvir todo meu discurso de problemas sentimentais e blábláblá da época só pôde me responder: "As mulheres são complicadas...mas você é bem mais que as outras!!!". Minha instabilidade de humor, sentimentos (com a exceção de alguns, lógico), desejos e afins é algo que pode verdadeiramente dar um nó na cabeça daqueles que começam a me conhecer...
Por outro lado, quando falo que a frase talvez também sirva pra descrever a impressão que as pessoas têm de mim - e não que eu me importe com isso, cada um é livre pra pensar o que bem entender, contanto que não fique no meu caminho e nem tente atrapalhar o meu modo de viver... - me refiro ao fato de que, à primeira vista, me pintam como uma hidra de sete cabeças (ou mais...=P), devassa e pronta a devorar os "pobres indefesos" que se relacionam comigo e transformar outros em "monstrinhos" semelhantes a mim... Puro folclore!!!! Mas é o que rola nos bastidores da minha vida...
Não sou extremo de nada. Sou o que creio que deva ser e ponto final.
Nessas horas eu procuro lembrar de uma teoria de psicologia (e que alguém me corrija se eu estiver errada, por favor...), que também tem relação com um livro de Saramago: O indivíduo rechaça no outro aquilo que ele gostaria de ser, mas no fundo reprime.
Vá lá... isso é uma maneira chata de começar um blog, parece discurso de auto-afirmação; mas a inteção é progredir nos assuntos, melhorar os textos... Contudo, também é um boa primeira pista para aqueles que começaram a ler, pra que decidam se continuam com as visitas ou preferem gastar seu tempo com algo de melhor qualidade.
Por fim, só mais um comentariozinho: Que exploda-se a censura!!!!! Com todo respeito, é claro...hahaha!
Da especialista em estragar fechamentos de texto...